Era eu, ele e o violão

O tempo, a bebida e a canção

Como eu saberia

Naquele sábado a tarde

Que eu conheceria outro irmão.

Acordes de rebeldia

Não era música do Sul

Tinha letras que detesto

Eram loucuras do Raul.

Mas logo me adaptei

Ao seu gostar delirante

Falavam de amor, de protesto

Coisas de estudante.

Nos lugares preferidos

Para longas cantorias,

Tocávamos no Tonico de tarde,

No Maia o resto do dia.

Mas o tempo foi passando

Nós com as mesmas rebeldias

Esposas e filhos chegando

Limitando nossas folias.

Hoje temos novos planos

Trabalho, obras e correria

O violão abandonado

A voz espera pelo dia.

Que a música recompense

Com versos e melodias

Momentos em que a doença

Tirou-nos a paz e a alegria.

Espero que os teus sonhos

Sejam simples e concretos

Só não busque muito longe

O que você tem tão perto.

O amor de tua amada

O sorriso dos teus filhos

A mãe querida e honrada

Tudo para ser tranqüilo.

Os amigos, sabes quantos?

Não tem como os contar

Em mais de quarenta anos

Faz a todos alegrar.

Encerrando estes versos

Já com muita emoção

Quero ver aquela imagem

O Celso, o Dego e o Violão.

Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 05/04/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2178697
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.