Há uma gota de sangue em cada poema

Assim como há resquício de barro

Nas estradas asfaltadas

E ruínas pelo impacto das guerras

e catástrofes

Há em cada poema uma lágrima;

Assim como ecoam aplausos e vaias

Da grande semana! Onde sobram

Pedaços mastigados na antropofagia

Mário não desperdiçaria uma ideia

Sem que esfacelasse fontes, rituais e oferendas.

Há uma gota de suor em cada letra

E em cada verso um gozo de dor

Por que sempre a dor do poeta?

Simples... É exatamente aí que sucumbi

As mágoas de exprimir pelo dom;

E despedir a força vital paulatinamente...

Mas há de deixar cada poeta, em cada página seca

A ata boêmia, ideia difusa e

sua vida latente!

Shauara David
Enviado por Shauara David em 17/04/2010
Reeditado em 09/05/2011
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