O PROFESSOR E A PSICANALISTA: FRATRIA ÓRFÃ.

O PROFESSOR E A PSICANALISTA: FRATRIA ORFÃ.

Dizer nada, as porta fechada.

De ser médico, cuidar da ninhada.

Não demagogo ou ser pedagoga.

Um tanto idiota ou rir de tão boba.

Classes repletas, bandos servis.

Menina aluna e sonhos banais.

Olhando na cara da futura atriz.

“Memórias de putas tristes" e vis.

Slides na lousa um tom virtual.

A fala tão mansa, queixas de pais.

A pedagogia não é sua praia.

Freud da-lhe o “estado das coisas”.

Alguém lhe pergunta de caos e conflitos.

Na mente do jovem estranhos atritos.

Entre o professor e a mãe do menino.

Que o idiotiza e tira o arrimo.

Entre a palmatória e a ditadura.

Autoritarismo e o nó do sistema.

Perder a criança pro meio da rua.

Melhor que seu berro é trazê-la pra sua.

A calça é velha azul desbotada.

Um grito europeu que no mundo espalha.

O que era um hino virou capital.

Mais deu a mulher seu poder no umbral.

Ò, Fratria Amada idolatrada e órfã.

Dessa imensa tribo Ateniense.

Um dia Mac Luan previu e ditou.

Mapa de um mundo atrós e non sense.

Queria acordar e sonhar professor.

Trazer o menino pro pátio da escola.

Inqiririndo aos deuses se valeu à pena?

Tudo vale à pena se a alma não é pequena!

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 27/04/2010
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T2222626
Classificação de conteúdo: seguro