SÓ, O POETA?
(ao amigo e grande poeta Lucas Candelária)
Nunca se está só, já que, só, resume
Um universo, mil ações... e a mente
Tão clareada por notável lume
Mostra o sentir que é de tanta gente.
Caminha... voa por lugar ignoto!
De um vil presente, num só breve instante,
Volta ao passado, posto que remoto,
No entanto, alegre, bom e quão brilhante!
Com a palavra, que a pessoa ignara
Não utiliza e ainda mais rejeita,
Tu a transformas numa jóia rara.
Tu, ó poeta de totais poderes!
Tu és um mundo que esta vida enfeita.
Só... em teus versos incontáveis seres!