EUCALIPTOS DE ESPERANÇA

Ganda! Ainda és minha

terra do jasmim sob eucaliptos

que na diacronia dos actos

a nostalgia sucumbe a Chicuminha

Nas serras vermelhas de café

homens transpiram pelo cansaço

das correntes severas do calhamaço

que publica à Ombaka sua lenda de fé

águas cristalinas sob olhares longínquos

serpenteiam no côncavo dos ícones

abafada na vaidade dos autóctones

que ponderam prazeres iníquos

Ganda, de quem padeço de ânsias

deixadas nas chuvas, nos trovões

que ora iluminam campos nos serões

ora carregam o perfume das acácias

No nevoeiro guardião à civilização

transformo há décadas magias

que se desfazem nas nostalgias

que premeiam essa terra de emoção

Ganda, avança sua marcha solene

nos eucaliptos de esperança

que esverdeiam a enferma crença

das caravanas que vão sem cerne

O6-07-2010-por Poeta Rei Mandongue I

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 14/07/2010
Reeditado em 29/02/2012
Código do texto: T2376543
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