Soneto para Melissa

Quando se olha, é doce o seu olhar;

mas faísca uma chama ardente dentro de si

- como se fosse recheada de pimenta

a menina que está a me sorrir.

Há uma esperança que teima em reinar

(ainda que quase nunca ela consiga ver),

que faz com que sua trsiteza tão violenta

seja sempre passagem em seu viver.

O bem e o mal, o doce e o apimentado,

um quê de terno, mais um tanto de pecado,

e minhas palavras ainda não podem lhe desenhar...

Inconstante mel, tão selvagem - tão humana!

É nesta vida tanto escrava quanto soberana,

capaz de dar prazer e dor à quem souber bem amar!

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 27/08/2010
Código do texto: T2463263
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