Algoz amado.

A ti dedico meus versos tristes e sem rima...

A ti dedico todos os dias da minha vida...

Oh, sim, não viverei por ti...

Mas em ti pensarei em cada momento...

Em tuas palavras, em teus gritos, em tua desaprovação, e em teu orgulho por mim sentido...

Quando assim escolhestes, ou será que não escolhestes, e fostes obrigado??

Eu não sei, mas em que acreditar...

Mas em quando enfim fostes...

Me levou contigo, levou contigo tudo de mais virtuoso que eu tinha!

Mas deixou então minha consciência doente...

Deixou-me aqui!

Meus sonhos são teus...

Minha amargura é tua!

Até meu comportamento doente e deficiente de ti é herdado!

Ahh...

Queria no mais profundo devaneio, poder te ver...

Poder te falar, que jamais algum ser foi tão teu quanto eu!

Que posso sei, não seguir nem uma convenção...

Mas quem disse então que tu seguias??

Quem disse então, que isso te importava??

Não...

Diferença alguma não faz...

Agora é tarde tu és morto!

E meus erros não gritarás...

Meus devaneios, quem sabe escuta?

Mas nas madrugadas frias, de pesadelos concessivos...

Quando abro os olhos...

És tu!

És tu que eu sinto!

É tu que me vens a cabeça!

Jamais, e em nem uma atitude fostes tão inteligente...

Me deixarás livre para fugir...

Mas de ti sou prisioneira pela eternidade...

Tua espada não me ameaça...

Muito menos teu prestigio...

Mas talvez me redima, de todos os pecados e vícios...

Que virtude maior a de viver sem vida...

A de morrer sem causa...

Que virtude maior a de amar e morrer gratuitamente pelo seu algoz?