“Posseiro”
(Luiz Henrique)

espero ávido as tuas palavras
sorvo-as como a um bom vinho
gradualmente, gole a gole,
de pouquinho a pouquinho

assim vou conhecendo a tua vida:
bravatas, vitórias e os teus medos.
no modo como pensa, age e reage
vou descortinando os teus segredos

quero antes conhecer tua alma
caminhar nesse território etéreo
adentrar nas fronteiras do olimpo
em que habita teu irrevelado mistério

e conhecendo e amando as vísceras
tanto da tua alma quanto do teu corpo inteiro
possa merecer ouvir da tua voz entrecortada:
“és e serás - ad eternum - meu único posseiro”


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