Rosas de Realengo (homenagem às 12 crianças vítimas da violência)

R enascem como pétalas soltas, na dança, Carolina

O s botões colhidos em dor, no sorriso de Bianca

S erenas, na expressão angelical de Géssica

A ltivo, no jeito brincalhão de Igor Silva

D este jardim a violência lhes ceifa ainda mudas

E silenciam ante o grito de armas, ab-surdas

R evolta sentir as perdas, da atleta Karine

E scolhidas rosas aladas, da modelo Larissa

A lçam vôo inda mal despertas, feito Laryssa

L onge das armas e do terror, a nubente Luiza

E strelas na passarela celeste, como Mariana

N a constelação das flores, o perfume de Milena

G otas de vidas rotas, dores do menino Rafael

O ferecem suas vidas, deixam marcas, oh Samira

Se temos algo a fazer, que seja agora, em oração e em ação.

AjAraújo, médico & poeta humanista, 12/4/2011.