SOB O HIJABE

Estava em invólucro manto

Num cálido dia da semana

A bela jovem Muçulmana

Com olhos de airoso encanto.

As vezes oculta sob o hijabe,

Por temor e zelo de Allah

Um brilho do mel do maná

Nos teus olhos de árabe.

Somente um rosto brilhava

Nada mais ali a vista

A tensão da conquista,

A proibição que gritava.

Suas joias de muitas magias

Como um jardim de acácias

Sérios ângulos das falácias

E o olor de suas especiarias.

Eu vi um anjo, eu vi um almo,

Eu vi magestosa flor do oriente

A sua angústia ali latente

Como lamenta-se num salmo.

Sobre um tapete relvedo

Nas margens do Nilo, alfombra,

Tu descansavas à sombra

E se mantinha em segredo.

Como uma estóica fidalguia,

Aos costumes e a tradição

Se tu me olhavas ou não,

Vi que teu olhar me fugia.

Te vi andar nas louras ruas,

Da ínclita e bela Jerusalém

Se confunde o mal com o bem,

Ouvindo na Porta as duas luas.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 22/04/2011
Reeditado em 22/04/2011
Código do texto: T2923553
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