A MEZUZÁ

Beijarei a tua pele luzídia e nua

No limiar de todos os umbrais

Debaixo de todo sol e toda lua,

Pelas palavras tuas e nada mais.

De pé, cismo, parado na soleira,

Meus dedos tocam macio o shin,

Solícito percorro a noite inteira,

Me achego cansado até o fim.

A vida aterroriza tão sombria

Me sinto no peso da orfandade,

O beijo do teu bronze esfria

O estojo contendo a tua verdade.

Carrega o nome da reverência,

Das ordens dadas milenar

Não sei se tem a sobrevivência

A ver com quando eu vou te beijar.

Alguém me dá uma proteção

Mas como todo ser padecerei,

Sou filho, sou de Abraão,

Por isso tenho D´us como meu rei.

As vezes temo alguém te profanar,

Ou tocar-te sem sentido, em vão,

Mas não sou eu que devo preocupar,

Se obedeço é dele a proteção.

Eu entro, toco em ti com beijo,

Se saio, torno a ti doce beijar;

Nos umbrais percebo o lampejo

Do teu bronze a lampejar.

(YEHORAM)

MEZUZÁ= UM ESTOJINHO FIXADO NOS UMBRAIS DAS PORTAS

DOS JUDEUS QUE CONTEM NADA MAIS NADA MENOS QUE OS

TEXTOS DE DEUT. 6

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 23/04/2011
Reeditado em 23/04/2011
Código do texto: T2925331
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