A Contemporaneidade

Lassos os vates de poesias certas

em métrica, à contagem natural,

fazem anarqui’a ordem, lei, moral

sem alcançar del’as portas abertas.

Um poema objetivo, que diziam

no tempo com art’e co engenho vivo,

as sociedades em seu rein’altivo

com enorme ciência os recebiam.

Bandeira (Namorados), com Andrade

versos simples, a novas invenções,

subliminavam pel’austeridade

esta era qu’alindamos co ficções.

Nem poupar ousam dessa idéia extrema.

A misteriosa, arte de revolta

paga zelo de sua estratagema,

ínclita, tenaz e de prosa solta.

Tanto fizeram quanto desejaram.

À Epopéia que hás medrad’o seio

vates diletos, tanto jugo alheio,

de artifício e magia, vil pisaram.

Era um novo, era um tempo, sacrifício,

entretanto, por um viver sagrado,

fora dia áspero, idem conquistado

o moderno co invento e or’artifício.

Hoje toda história conhecemos,

té apegados a idéias muit’antigas,

muito duras, muit’os agradecemos

afinal numes de vates instigas.

Aprendiz
Enviado por Aprendiz em 17/11/2006
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