Bonecos ou bonecas I
Neste teu hoje, nobre dia,
Cuja quintessência a inverdade tangencia,
À folha de um caderno se destina uma lágrima:
Emotiva afinidade em que se encerra tua dádiva.
Neste teu hoje, nobre dia,
Ganhaste de presente importantíssima verdade.
Chegaste ao Novo Mundo, pois, deixando-me saudades
Uma vez que a toda a hora quero estar contigo, vida.
Pura, plenamente amor...
Tão forte quanto aquele, por silêncios, traduzido
É o que induzes à certeza de existires, ó meu filho.
(Vem e te aconchega nestes braços, por favor.)
Maior ansiedade nunca antes me ocorrera:
Não deixaste até agora que saibamos o teu nome
Ou que, enfim, compremos bonecos ou bonecas —
Fazes como o pai em seu passado, o qual aguarda teu informe.
Feliz estou por tu estares bem...
Hoje, te verei — é o que me importa —;
És, ao horizonte meu, as portas
A se desbravarem entrementes, finalmente, ao concreto, surreal,
Enquanto, a caminho de tal vista, me aguarda a Aurora Boreal.