No Adeus a poetisa...

Foi à Deus qual uma brisa,
ficou órfã a poesia,
mais triste aquele dia,
quando disse adeus a poetisa.
No desponte da primavera,
iam as névoas de agosto,
e o inverno deposto,
de seu rigor sulista,
trouxe a nossa vista,
a face real de um desgosto.

Contarão as letras os feitos,
a humildade de uma cidadã,
pois a glória do amanhã,
escolhe a vida dos eleitos.
Poetas que falam de seu chão,
levam algo ao infinito,
e neste viver tão bonito,
aqui deixam muita saudade,
e é dificil, na realidade,
admitir a falta de um mito.

Foi a mestra à eternidade,
levando detalhes de Irati,
e do seu carinho que ficou aqui,
se vê poesias, paz e serenidade.
Virão outras primaveras,
florescerão outras flores,
e no caminho que tu fores,
poetisa, leva nossa gratidão,
pois tão lindo cantou seu chão,
com ternura os seus amores.

Foste um sol que se põs,
um riso que deixou seus dias,
para enfeitar todas as poesias,
que cada poeta compôs.
Ao folhear o livro da vida,
lembro-te poetisa para sempre,
é inesquecivel o que a alma sente,
foste iluminada e corajosa,
e poetisando em verso e prosa,
fez o amor à poesia na gente.

Malgaxe

À poetisa Iratiense Alzira Dembiski

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 27/08/2011
Código do texto: T3185710
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