Avmãe
 
Não sou filho do teu ventre
Não te causei dores no alvitre
Não provei do colostro vital
Mas me conforta em teus abraços.
 
Avmãe de destino fiel
Abraça-me como mãe
Como quem veio do céu
Só pra cuidar de mim
 
Lembro detalhes do começo ao fim
Fui por minha mãe abandonado
Num chão frio enrolado em capim
Para morrer como um condenado.
 
Avmãe generosa
Beija-me com amor
Como o beija-flor beija a rosa
Em um voo aleatório.
 
Nossos destinos cruzados
Na concepção do acaso
Como se fôssemos predestinados
A viver um mesmo caso.
 
Avmãe do destino
Deixou algo para depois
Por causa de um menino
Que cruzou sua jornada.
 
Deus cuide de você
Que troque os traços da linha
Que você venha para o começo
E eu vá para o fim da linha.
 
Para você cuidar de muitos
Que como eu não servia
Para uma mãe jogada na vida
No vicio da droga e pervertida.
 
Avó e mãe de todas as horas
De todos os dias...
 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 27/12/2011
Código do texto: T3409429
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