Poema da Estação ( Homenagem ao amigo Marcos Ferraz)

O som que ao longe se ouve,

Peculiar, sonorizante, ebriante

Que canção tocas agora?

Tenho pressa, preciso ir embora

Minhas pernas me empurram

Fujo em outra direção

Os dedos bailarinos de alguém surte seus venenos

Embriaga a alma, toma a emoção

Chego perto, sorrateiro,

Como poeta minh’alma se enche de ternura

Cada nota é uma composição em si

Cada estrofe é uma canção tão pura

Sou eu, poeta e escritor,

Sou eu, inebriado de nostalgia

Sou eu que me deixo levar pelos toques

Sou aquele que sorve a poesia

O pianista em sua causalidade

Transforma em ritmo a própria taquicardia

Faz com os dedos o que faria eu, nas canetas

Riscando trovas e poesias

Somos cada qual dono de uma arte

Cada um tem um dom em si

Reunimos em trovas e notas singelas

Aquarelas – Estação Tamanduateí

FidelisF
Enviado por FidelisF em 14/04/2012
Código do texto: T3612088
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