REGINA RAINHA...

(Dedicada a Silvia Regina, poetisa deste Recanto!

Escrever pode até ser fácil,
mas, para compor poesias,
é preciso ser sensível e ágil...

Pode até ser nostálgico
no sentido ambíguo e máximo
da Maga magia mágica,
tão própria da nostalgia...

O dom da poetisa,
da poeta-sacerdotisa:
- Ter amor, mas, com sangue nas guelras...
O jogo de cintura - o pulo da fera felina!
Prerrogativa que a si vem e em si tem
contida desde tenra menina,
pois, em assim nascer-se
já é uma dádiva de Deus
na plena fé e as mais divinais!
Da menor das entidades
ao grego Zeus!
- Toque de dedo divino
nos círculos espirituais!

Regina no vernáculo latino
é Rainha, na soberania e no tino,
a embevecer, e isso, a se fazer contínuo,
em tudo o que faz o mundo enternecer
de um modo especial e profundo...

Ser poeta é ter melindres e minúcias,
acordar de madrugada e com astúcia
desenvolver na folha branca tudo que,
em sua mente, ardentemente não estanca!...
Mas, transforma com tintas do coração,
e com fidedignidade advinda da emoção!

E as palavras que de lindas viram estampas
de sua lavra em ritmo, rimas, versos...
Imagens infundidas, difundidas,
entrelaçadamente laçadas:
O côncavo atracado ao convexo...
Tenha-se assim ou não se tenha tanto nexo...
- Pouco importa, pois, vale mais o fluxo
da luz interna que lhe sai dos plexos.

E aos poetas dos sonetos, então, esses sim,
Parecem, enfim, ter mais vibração.
Construtores a construir uma exceção
de cuidados aos amantes
da Poesia nos Sonetos,
ressonantes no âmago da canção!



Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 18/04/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3620381
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