A SERVA
Não importa a ti ó encúlome pastora,
E as minhas dádivas sempre desprezas;
Mesmo diante de tua fúria, detentora,
É meiga e bendita até quando esbravejas!
Os dias permeados de rezas e galas,
As noites surgidas como enorme alo.
Doces palavras au deitar-te falas,
Aquietas-te até o cantar do galo.
Ao despertar outra vez te entregas,
Na liturgia amiga com que tu pregas,
A palavra imaculada do Divino!
Chamas ao canto outro menino...
Nada pior do que andar às cegas,
Concedes alegrias mesmo quando negas!