Ode a Portugal
 
 
Ah, quanta saudade de que nem sei
Camões ali pisou e seu corpo deixou
Por todo solo português assim pensei
A nossa nação ultramarina preparou
 
Íntimos sonhos que tecem juras
Do leito nascido ao atlântico abissal
Vertente fria que rege as curas
Sou cada lágrima de Portugal
 
Ó terra assim distantes
Faz-se por um só instante
O portal amor meu falido
Margens do antigo jazigo
 
Ó berço mãe de nossa existência
Sorriso fraterno lançamos a vós
E comprometo minha permanência
Com selo dourado como os avós
 
Pare e pense um minuto em mim
Será seu tempo assim tão precioso?
Um único instante de verso mirim
Daquele que te ama banal, ocioso?
Chão de Pedro, portal da Europa
Ajudaste a construir o mundo, fortaleza
Enche a taça, perturba a fina copa
Pela extensão firme da coroa portuguesa
 
Lisboa um presente rico e divino
Que desfez todos os séculos festiva
Imperadores de coragem Constantino
Pelos fados vitoriosos de Coimbra
 
Relâmpagos de mar aberto não macularão
A memória de tuas odes épicas sobre o mar
A força de teus guerreiros de proa e porão
De Trás-os-montes ao Algarve sublimar...



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