JOÃO HÉLIO

JOÃO HÉLIO

Vida de criança é seiva de esperanças

Para entes queridos os pais são diretrizes!

Raízes multifárias de bonanças sacrossantas,

Norteando lucilente rutilância dos aprendizes.

Semeando, regando o coração com paz e amor,

Orientador de andanças sem relutâncias e destemor,

É ciclo fasto de venturas, alegrias sem temor;

Vida linda feita com alegria e vigor no dia-a-dia,

Na seara sagrada da luz emanada irradia,

Em derredor de si a ingenuidade que acaricia;

Os corações a pulsar na introspecção sadia.

Vida genitura, fruto do amor fraternal e carnal,

Abençoado por Deus, nosso Pai Celestial.

Na vida embrionária pulsa com ser condicional,

Vendo o mundo um diamante descomunal.

Entre passeios e distrações, vêm o prazer divinal,

Terra de paz decantada, mas abarrotada de marginal;

Cirineico buril jamais feriu o palmilhar da cor anil,

Nem as esperanças da criança ser feliz e gentil.

No alvorecer da vida Jamais imaginou surpresa

Tranqüilo, com a mãe em harmonia aspirava beleza,

Da pátria do verde e amarelo tudo se declina na destreza.

O livre arbítrio deixa o homem a um passo do mal,

Torna-o animal e dependente da própria natureza animal.

Age pelo instinto, pelo espírito mal, como fosse natural,

Sem contemplação, sem compaixão é maligna tristeza.

Repentinamente, voraz, avança com animal destreza;

Pára transportes para satisfazer seu instinto bestial,

Não importa quem esteja a maldade cega é imoral,

Expulsa com frivolidade os passageiros e uma criança

Com tantas esperanças de viver, ser feliz se desespera.

Na destreza se vale de um cinto que vira insegurança.

Preso ao cinto, um corpo pequerrucho se debatia e tremia,

Dores terríveis infiltravam-se em suas entranhas.

O corpo inocente era dilacerado com tremenda artimanha;

João Hélio era a vítima dos algozes brutais, cruéis, e desumanos,

Carcomamos sem corações, e com muita sanha.

Aos pedidos de socorro, mais velocidade empreendia,

o pequeno João gemia, sofria, dores dilacerantes, suas carnes

eram destruídas pela violência e sua vida jazia, fruto da maldade

dos insanos assassinos.

Hélio não resistiu! A dor da família foi descomunal e a cena brutal

comoveu todo País. Foi necessário se esvair a vida de um pequenino

para as autoridades repensarem na intranqüilidade, na violência

que se apossaram dos nossos destinos.

Querido João Hélio tens o caminho do Céu aberto para ti, pois Jesus

em sua clemência sempre afirmava: ”Deixai vir a mim as criancinhas,

pois elas herdarão o Reino dos Céus”. E lá estarás com toda certeza !!!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES/FORTALEZA-CEARÁ

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 22/02/2007
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