Ao meu irmão

Uma parte de nós

Que era oculta aos olhos,

Separada pelo tempo e pela distância,

Agora se revela...

A história que pulsa em nossas veias...

As vidas entrelaçadas por nosso sangue...

Tudo é um quebra-cabeça que se encaixa.

Nosso encontro, depois de anos,

Me fez sentir falta do que não vivi,

Como uma espécie de saudade roubada de mim...

Dos momentos em que poderíamos ter brincado...

De alegrias, tristezas e segredos que poderíamos ter compartilhado...

Das vezes que poderíamos ter dividido a culpa de incríveis travessuras...

Dos gibis e livros que poderíamos comprar juntos para realizar agradáveis leituras...

Das vezes que poderíamos, alegremente, tomar banho de chuva...

Das vezes que poderíamos ter ouvido Rock juntos, à noite toda...

Das vezes que, ao me veres apaixonada, poderias rir da minha cara de boba...

Das vezes que poderíamos contar um com o outro para superar dificuldades...

Das vezes que, ao nos abraçarmos, poderíamos confortar a paterna saudade...

Sempre senti falta de ti,

Como desejava ter um irmão assim!

Durante muito tempo, me senti uma metade...

Minha história era um misto de dor, de revolta e de saudade.

Os laços de sangue, mesmo com o passar do tempo, nunca se desfazem.

Carregamos parte de uma mesma lembrança...

De certa forma, voltei a ser criança

Como se quisesse viver tudo o que já passou,

Como alguém que deseja guardar e proteger o tesouro que encontrou.

Já havia um lugar reservado a ti em meu coração

E hoje sinto a alegria de chamá-lo IRMÃO.

Com carinho e com toda a ternura de meu coração.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 21/11/2012
Código do texto: T3997600
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