Bodas de prata : Eu e Maria.

Há vinte e cinco outubros -cada dia-
meu coração, entregue ao teu ofício,
ficou tão depedente -quase um vício-
do amor que o teu amor por mim nutria.

O amor que acalentou-me a poesia
quando poeta me perdi de mim
na entrenoite de um botequim,
tentando entender o que eu sentia.

Faz tanto tempo desde o início
e ao mesmo tempo não faz quase nada!
Tu foste a derradeira namorada
e o primeiro trago desse vício.

Há vinte e cinco outubros -cada ano-
meu coração palpita em nosso leito.
Ficou tão depedente do teu peito,
que faz vigíla pra guardar-te o sono.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/03/2007
Reeditado em 15/02/2020
Código do texto: T401298
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