Eu nunca perdi ninguém tão próximo

Eu nunca perdi ninguém tão próximo

Eu que estando tão longe não pude dar adeus

Lembranças, lembranças é o que me resta

Suas histórias vívidas de amor

Minha Tia tão próxima, tão querida

Minha avó

Lembro eu tão pequenina

Chamava-a de vó

"Desculpa, tia, não sei porque te chamo de vó"

"Acho que na outra vida, era de fato sua vó".

Eu cresci admirando sua paciência

Sua devoção ao próximo e simplicidade de ser

Eu cresci grata por ela comigo ter

Minha Tia mais amada, tão alegre e

nem uma flor pude oferecer

Eu que tão longe

Nenhum um abraço de adeus pude dar

Meus olhos não conseguem acalmar

Lembranças e mais lembranças

Nelas para sempre irei te amar

Castro Alves - Duas Flores

"São duas flores unidas,

São duas rosas nascidas

Talvez no mesmo arrebol,

Vivendo no mesmo galho,

Da mesma gota de orvalho,

Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas

Das duas asas pequenas

De um passarinho do céu...

Como um casal de rolinhas,

Como a tribo de andorinhas

Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,

Que em parelha descem tantos

Das profundezas do olhar...

Como o suspiro e o desgosto,

Como as covinhas do rosto,

Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera

Numa eterna primavera

Viver, qual vive esta flor.

Juntar as rosas da vida

Na rama verde e florida,

Na verde rama do amor!"

Laís Mussarra
Enviado por Laís Mussarra em 13/12/2012
Código do texto: T4033958
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