A mulher que eu amo

Com olhos doces escondia dor rara,
De mãe que viu seus filhos irem cedo demais.
Carregava em segredo a luta do marido,
Ouvia os lamentos avizinhados,
Sorria com elegância e altivez.
Educava com guloseimas.
Deixava livre,
Cuidava de canto de olho.
Tinha as melhores histórias,
Era porto seguro desta menina
Crescendo num lar bagunçado.
Rigidez e leveza conjugavam-se
E, para mim,
Só restava amar minha avó;
Heroína como dos romances que eu lia.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 08/03/2013
Reeditado em 10/04/2013
Código do texto: T4177026
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