ARCANOS DO CERNE DE UM POETA

Silenciosamente grita a alma de um poeta

Desprovido, seu coração dilacera no peito

Pedaços refeitos em versos, efeitos poéticos

Que sem nada dizer, fala de si sem saber

Palavras buriladas na tela de uma máquina

Maquinam e sabem como despi uma alma

Desnudam os desejos tácitos na epiderme

Desvendam os arcanos contidos no cerne

Imagens sonoras emergidas da poesia

Poeta valsando sua própria melodia

Descompasso de uma canção sem sintonia

Peregrino, o poeta sai de si pra buscar alento

No tempo, para em tempo encontrar

O que a alma acena e coração resiste a olhar

Ivone Alves Sol

Parabéns a todos que fazem e que sentem a poesia!

Salve, salve! Castro Alves!!!