Do "Lugar da Poesia" ao amigo Félix

Do “Lugar da Poesia”

Ao amigo Félix

é sempre a primeira vez

de todas as vezes

(e foram tantas

que li o “lugar da poesia”)

Em todas pensei descobrir

o local certo da incerta

poesia que demandas

nas singelas (serão?)

cristalinas palavras

E de cada vez é a descoberta

o inicio de terminada questão

que se acoberta na expressão

e força de sentidos ocultos

como se pusilânimes fossem.

Acredito são êmbolos de qualquer

motor de combustão que nunca estão

ao mesmo tempo nos píncaros

e cada um na rotatividade

tem o mesmo tempo de glória

é assim este “lugar da poesia”

por vezes quente

por vezes morno

explode na alma de repente

e o consequente retorno

à calma nua objectiva fria

abrangente.