Proteção

Quando voltou à Terra

Deixou-me um pouco órfã.

Estava acostumada com a proteção vinda de seus olhos.

Veio antes, para me guiar.

Veio com a promessa de iluminar minh’alma.

E assim o fez e faz.

Com a energia quente d’aura iluminada.

Emana raios de cura

E me atinge as mais sutis fibras.

Ecoa em mim todo mantra,

Fazendo vibrar tão lá dentro!...

Recosta sua carcaça em mim

E quase posso transpor toda dor.

Recobre suas mãos sobre mim

E a troca energética é bárbara!

Posso me recompor das dores do mundo

Apenas com seu olhar.

E... Ah! Como são tantas essas dores!

São tamanhas!

Mas, é só você sorrir, levemente...

E lá se vão elas!

O timbre melódico da voz

Ensaia orações subliminares.

E posso senti-las, mesmo à distância.

Posso senti-las com toda minh’alma.

Faz-me abrir as asas...

Sentir perto dos pulmões aquela quentura boa.

Consome minhas lágrimas

E faz-me crer e mim!

De novo!

Só por agora...

Quando retornou à Terra

Posso dizer que senti saudades.

Todavia, como é bom abrir os olhos

E sentir toda essa proteção!

Protege-me com a alma.

E isso, sem dúvida, não tem preço.

É além da alma.

Além da vida.

Das vidas.

Já vividas.

E ainda por passarmos.

Num elo intransponível.

Numa promessa de sempre.

Numa união de discernimentos.

Pondo purpurina nas asas um do outro.

Para que nos enxerguemos,

Caso passemos pelos vales sombrios d’alma

Numa das estradas da vida.

Não tem preço.

E jamais terá!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 15/07/2013
Código do texto: T4388124
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