Os netos Dnª VILMA

Sentada em sua cadeira, em frente
a máquina de costura, ficava á coser;
de sua janela ela via o quintal,
aonde em algazarra, brincava a criançada.

Era tal de pega-pega, pique - esconde,
que não se sabe de onde, vinha tamanha
disposição; era um zun-zun danado.

Quando o quintal ficava "pequeno",
era lá dentro que expandia a brincadeira,
e debaixo de sua cadeira, se escondiam,
sem menos esperar.

Na mesma hora ela gritava:
_ cacete!! Vá brincar em outro lugar.
Era um corre-corre e uma gargalhada, só
pois a brincadeira estragara a avó.

Isso era todo fim de semana,
e nos feriados também,
a casa vivia cheia, não havia
espaço pra mais ninguém

E apesar de toda zoeira,
a alegria reinava ali!

E quando a casa ficava vazia,
era uma calmaria, então ela se
levantava e pouco ela costurava,
(acho que sentia falta do barulho)
Ia até a calçada, conversar com sua vizinha.
Dizia toda orgulhosa, que 15 netos já tinham.

E a vizinha surpresa, dizia:
_Ai meu Deus! Que netariiiia!!
E assim continuava com a sua descrição:
_têm branquinho, têm loirinho de olho azul,
vermelhinho, mulatinho, moreninha,
japonês, e uma indiazinha.
Têm pra todo gosto e a escolher,
e sorrindo completava:
_minha casa é o brasilzão!!
_Quem têm tamanho mérito, e
com tamanha graça Deus abençoou?!
-È uma família grande, e de grande coração!

E como toda base tem alicerce e esteio.
O avô José é o indício, de inteligência
imprescindível que comanda a regência dos netos,
E a avó é o meio e o fim, é quem comanda o coração,
com seu exemplo de amor e dedicação!!!


Ps: Essa é uma dedicatória, a pessoa mais importante de nossas vidas. (muitas saudades)

katherine san
Enviado por katherine san em 14/04/2007
Reeditado em 12/05/2007
Código do texto: T449061