Homenagem a Castro Alves

Da mocidade me rio

da morte vivo a zombar,

da sorte sem me assombrar,

neste negreiro navio,

Minha voz d'África soa

clamando pelo meu Deus,

por que te esconde dos teus?

meu grito há muito que ecoa.

Senhor! Deus dos desgraçados!

retrata o poeta a dor,

que causa tanto terror,

naqueles desesperados.

Que por trajar pele escura,

sua liberdade é tirada,

a alma também têm negada,

a vida é uma tortura.

Espumas desse mentor,

flutuantes o encantaram,

"Os escravos" lhe tardaram,

com os "Hinos do Equador"

E semelhante a um astro,

como uma estrela cadente,

num instante, de repente,

entra e sai da cena o Castro.

Com felicidade extrema,

as homenagens, os salves,

ao poeta Castro Alves

dedico neste poema.

Francisco Adenilson
Enviado por Francisco Adenilson em 14/10/2013
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