Filosofando a analista

Em plena convalescença,

bebo a sangria de teus versos,

satisfaço a minha volúpia na recompensa,

subsidiada por teu afeto.

Cultivo suas premissas devotadamente,

envaidecido por tua inteligência,

admito a prerrogativa de conhece-la,

em corpo, alma e mente.

Aceito sua observação analítica,

sua maneira ditosa de interagir

sobre minha passividade sistemática,

objetivando não me ferir.

Ouso, premeditando suas ações,

absorvendo sua dialética usual,

manifestando minhas razões;

sempre de forma natural.

Pela retumbância de suas palavras,

assimilo a psique de teu engenho

e se no divã o medo ainda trava,

eis a vitória por teu árduo empenho.

Por tua metodologia freudiana,

torno-me sabiamente reconhecido.

Sou a luz que a vida emana,

no teu coração estremecido.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 23/04/2007
Reeditado em 10/08/2010
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