A Dama dos Lobos

A Dama dos Lobos

Ergo minha voz ao vento,

Na esperança de encontrar o eco que me acalma...

Mistura de amor, saudade e lamento,

Meu canto é como flecha que rasga a alma.

A lua com seu manto de prata

Caminha, majestosa pelo céu.

Cheia de mistério e de graça

Ela me envolve com seu véu.

Sou a Dama dos Lobos

E minha misteriosa voz

É compreendida por poucos,

Por aqueles sabem o que há dentro de nós.

Meu canto surge nas noites frias

Ou nas manhãs de melancolia.

Ele clama pelo eco da eternidade

Para buscar a ponte com minha ancestralidade.

Em meu totem,

Um lobo aponta para o Norte.

Canto para encontrar minha alcateia,

Canto para ir além de qualquer ideia.

Sei atrair o perigo para mim

No intuito de salvar quem está prestes a perecer.

Sou destemida, selvagem, sou assim:

Uma loba que se sacrifica para, a matilha, proteger.

Mas também vago solitária pela floresta,

Buscando parte da memória que ainda resta.

Nas noites tristes e frias,

A lua e as estrelas me fazem companhia.

O Grande Espírito me fez valente,

Para que eu nunca precise recuar.

Busco minha terra, minha gente...

Nas constelações, irei morar.

(MCSCP)

Uma homenagem aos povos indígenas que tanto amo!

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 19/01/2015
Reeditado em 21/08/2015
Código do texto: T5106903
Classificação de conteúdo: seguro
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