A Dama dos Lobos
A Dama dos Lobos
Ergo minha voz ao vento,
Na esperança de encontrar o eco que me acalma...
Mistura de amor, saudade e lamento,
Meu canto é como flecha que rasga a alma.
A lua com seu manto de prata
Caminha, majestosa pelo céu.
Cheia de mistério e de graça
Ela me envolve com seu véu.
Sou a Dama dos Lobos
E minha misteriosa voz
É compreendida por poucos,
Por aqueles sabem o que há dentro de nós.
Meu canto surge nas noites frias
Ou nas manhãs de melancolia.
Ele clama pelo eco da eternidade
Para buscar a ponte com minha ancestralidade.
Em meu totem,
Um lobo aponta para o Norte.
Canto para encontrar minha alcateia,
Canto para ir além de qualquer ideia.
Sei atrair o perigo para mim
No intuito de salvar quem está prestes a perecer.
Sou destemida, selvagem, sou assim:
Uma loba que se sacrifica para, a matilha, proteger.
Mas também vago solitária pela floresta,
Buscando parte da memória que ainda resta.
Nas noites tristes e frias,
A lua e as estrelas me fazem companhia.
O Grande Espírito me fez valente,
Para que eu nunca precise recuar.
Busco minha terra, minha gente...
Nas constelações, irei morar.
(MCSCP)
Uma homenagem aos povos indígenas que tanto amo!