Ao irmão que tanto quero bem
Quão injusta foi a mentira
Que nos tornou distantes.
Em meu peito há uma ferida,
Há um pranto amargo e constante.
Todos esses anos separados,
Quando deveríamos ter crescido lado a lado...
Sinto que algo nos foi tirado.
Precisamos, juntos, resgatar nosso passado.
Um passado de sonhos e de desejos...
Um passado de amor e de cumplicidade...
Um passado que, em teus olhos, eu vejo,
Querendo o eco da reciprocidade.
Irmãos distantes no espaço e no tempo...
Destinos traçados desde o nascimento.
Há um desejo que não pode ser negado,
Há um amor que não pode ser sufocado.
Há, entre nós, anos de afastamento,
Em que passamos por muitos sofrimentos.
Mas há uma ternura inefável
Que nos envolve em um desejo incontrolável.
Desejo de olhar nos olhos, docemente,
E nos envolvermos com um carinhoso abraço.
Desejo de, daqui para frete,
Seguirmos juntos, lado a lado.
Desejo de compartilhar os segredos...
Desejo de, juntos, vencermos nossos medos...
Desejo de nos lançarmos em loucas aventuras
E tornar mais intensa essa vida tão curta.
Amo-te, irmão meu.
Este coração também é teu.
Conto os dias para o nosso encontro
E, assim, poder realizar meu sonho.
David, sabes que podes contar sempre comigo, pois não há distância ou tempo que separe o amor que corre em nossas veias. De certa forma, estaremos sempre um no outro, de sangue e de alma. Amo-te ternamente, meu irmão. Dedico este poema a ti.