Inspiração&expiração

Uma musa inspiradora

lá das terras da Inconfidência,

que não se chama Débora,

nem Deyse e nem devani,

puro devaneio,

porque pouco importa,

quando saboroso também o é,

o sorvete que não tem nome.

"D",

a quarta letra do alfabeto

e coincidentemente (será?),

este é o quarto poema.

Portas se fecham, portas se abrem

e há os atalhos,

como num jogo de baralho,

mas jogar é muito perigoso,

assim como o vinho,

que pode ser gostoso,

mas embriaga

e provoca uma baita ressaca,

dor de cabeça, baixa pressão

e então:

reincorporar o menino

e arriscar?

E se alguém se machucar?

Uma musa inspiradora

da terra onde brota o velho Chico,

mas deixe as águas descerem,

deixe as águas rolarem,

pois elas nunca irão

além dos limites do mar.

Musa inspiradora.

Posso chamar-te assim?

E quando eu chamar-te para mim?

Quero estampar-te em meu livro

e de preferência

enquanto ainda vivo.

Bem,

já que já homenageei a musa,

que anda um tanto quanto confusa,

vou abrir uma e fumar um cigarro,

mas antes:

"Escrevo-te essas mal traçadas linhas, meu amor...".

rodriguescapixaba
Enviado por rodriguescapixaba em 14/08/2015
Reeditado em 17/08/2015
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