Alzheimer de Belerofonte

Em duas dezenas de dias

E uma quinzena de agosto atípica

Intui em som uniforme versos mentais

tocado num piano, clarinetes e metais

Desconhecia a entrega de outrora

De um tempo, misterioso e sem demora

Num domingo anterior

Um jovem movido por amor

Mesmo sem selar seu Pégaso alado

Galopante vai até São Bernardo

Pégaso pára, mas não picado pela vespa

Belerofonte consternado não lamenta

E finalmente sela o mítico cavalo

Obstinado segue ao encontro da prometida Filonoé

Agraciada pausa, penso até que vai emudecer: "Ai Zé..."

É o seu jeito pouco criativo de agradecer

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 17/08/2015
Reeditado em 09/10/2015
Código do texto: T5348826
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