Você é meu vício

As mulheres são como as flores do bosque.

Você eu comparei com a papoula

Não foi porque eu quis, mas sim por um reflexo

Não te comparei com o perfume da flor

Porque ainda não conheço o seu aroma.

Não comparei sua fragilidade, não seria verdade.

Nem ao menos sua delicadeza.

Não comparo sua beleza, nem a sua formosura.

Simplesmente eu olho para você e a vejo -

Uma flor branca, roxa ou vermelha.

Papoula significa falsa paixão, extravagância,

Sonho, fertilidade ou ressurreição

Dela ainda verde, se extrai o látex

Que eu o comparo com o amor

Do látex tiramos a morfina, a cadeína, a papaveína e o ópio

Da semente se faz alimento e remédios

Que traz a paz, a saúde, o sono e o alívio.

Mas quem a ama e se arrisca em seus braços?

Quem se aventura na dependência e no vício?

No flagelo, destruição e na morte?

Presa fácil é o homem que ama a papoula.

Você é como a papoula! O seu ópio, é o seu amor!

E eu sou sua presa fácil?

Tá, você é a mais linda das flores,

Forte e bela como a papoula,

Uma beleza elegante e fina,

Romântica e serena, que me enfeitiça, me encanta.

E eu...

Sou apenas um apaixonado?

São as rosas suas preferidas

Eu porém prefiro você

As rosas são belas, mas comuns

Mas você, minha flor...

É muito rara.

É Talipaula.

Esse poema foi um presente
Enviado por Talipaula em 11/09/2015
Reeditado em 07/02/2018
Código do texto: T5378391
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