LÁGRIMAS NO AGRESTE

Choram as flores do agreste,

Sobre o solo rachado jaz o corpo consumido.

Talvez Deus esteja precisando de mais anjos,

Talvez o mundo não compreenda seu próprio destino.

Rolam lágrimas no leito seco de um rio,

O coração vazio não acusa ritmo.

Jesus entrega dois braços a mais

A serem atados na cruz de madeira seca.

Nuvens assentadas no teto celestial

Não se movimentam

Sequer com o vento

Que chega depois do sol.

O tempo determinou um fim

Que não diz respeito a mim,

Que não vai mudar a vida de ninguém,

A desconhecida sem vida

Não deixou lápide escrita.

"Homenagem à minha cunhada Lu Andrade, esposa de meu falecido irmão Antenor, que veio a óbito esta noite"

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 20/11/2015
Código do texto: T5455701
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