Azul

Estão alí, atrás daquelas grossas lentes.

Escondidos, mas não menos vívidos e expressivos,

nem tão pouco menos amorosos.

De um brilho inebriante e ofuscante.

O que guardas dentro de ti?

Por de trás desse azul pleno,

ainda vejo o brincar e o viver de um menino.

Não foram suficientes todos esses anos,

não os cansaram, apenas passaram por ti

mostrando de tudo, do belo ao temoroso,

do simples ao inexplicável.

Deixaram marcas, que esses olhos,

Ah! Que lindos olhos!

Nunca vão esquecer, nem esquecerei.