A Botânica
A BOTÂNICA
Miguel Carqueija
O que eu amo é a floresta,
botânica como sou;
o verde pra mim é festa,
e é pra lá que eu sempre vou!
Ir na mata é minha vida,
passo horas deslumbrada;
Artur, sem outra saída,
me prende em casa amarrada!
Mas amo o meu maridinho
que faz tudo pro meu bem:
se lhe peço com jeitinho
me acompanha também!
Meu jequitibá gigante,
como é bom te abraçar!
Querido, não se espante,
nem queira se enciumar!
Uso lupa, fotografo,
olho insetos a granel,
você aqui tem que ser safo,
a mata é um aranzel.
E tem cada flor bonita,
cada nome complicado;
olha a camélia catita,
o cipó tão enfezado!
E arrasto o meu Arturzinho
pra cachoeira gelada:
fica comigo juntinho
e eu fico arrepiada!
Mas tudo isso é estudo,
pois faço anotações mil;
de fato reparo em tudo,
naquela flor cor de anil,
![](/usuarios/141191/fotos/1120184.jpg)
e até na bromeliácea,
que nome mais complicado,
na pitangueira, na acácia,
e no tronco avermelhado.
Em árvore eu sei subir
e Artur morre de aflição:
— Cuidado, não vá cair!
— Ora, suba e dê uma mão!
E eu filmo se possível,
que eu faço tudo completo,
acho tudo tão incrível
que o meu coração, repleto
de tanta alegria e paz
bate forte no meu peito,
esta alegria é demais
e eu a levo pro meu leito.
Como botânica estimo
da palmeira até a grama;
cada flor que é um mimo,
e mesmo pisando a lama
este é o meu ambiente,
de folha, raiz e flor,
de caule, fruta e semente,
por plantas eu tenho amor!
Eu peço a Deus que este mundo
em cada adulto e criança
cultive o amor mais profundo
por toda essa pujança!
Que o verde da Natureza
penetre nos corações:
almas verdes, que beleza
florindo em nossos rincões!
![](/usuarios/141191/fotos/1052958.jpg)
imagens publicdomain photos, pixbay, freepik.com
A BOTÂNICA
Miguel Carqueija
O que eu amo é a floresta,
botânica como sou;
o verde pra mim é festa,
e é pra lá que eu sempre vou!
Ir na mata é minha vida,
passo horas deslumbrada;
Artur, sem outra saída,
me prende em casa amarrada!
Mas amo o meu maridinho
que faz tudo pro meu bem:
se lhe peço com jeitinho
me acompanha também!
Meu jequitibá gigante,
como é bom te abraçar!
Querido, não se espante,
nem queira se enciumar!
Uso lupa, fotografo,
olho insetos a granel,
você aqui tem que ser safo,
a mata é um aranzel.
E tem cada flor bonita,
cada nome complicado;
olha a camélia catita,
o cipó tão enfezado!
E arrasto o meu Arturzinho
pra cachoeira gelada:
fica comigo juntinho
e eu fico arrepiada!
Mas tudo isso é estudo,
pois faço anotações mil;
de fato reparo em tudo,
naquela flor cor de anil,
![](/usuarios/141191/fotos/1120184.jpg)
e até na bromeliácea,
que nome mais complicado,
na pitangueira, na acácia,
e no tronco avermelhado.
Em árvore eu sei subir
e Artur morre de aflição:
— Cuidado, não vá cair!
— Ora, suba e dê uma mão!
E eu filmo se possível,
que eu faço tudo completo,
acho tudo tão incrível
que o meu coração, repleto
de tanta alegria e paz
bate forte no meu peito,
esta alegria é demais
e eu a levo pro meu leito.
Como botânica estimo
da palmeira até a grama;
cada flor que é um mimo,
e mesmo pisando a lama
este é o meu ambiente,
de folha, raiz e flor,
de caule, fruta e semente,
por plantas eu tenho amor!
Eu peço a Deus que este mundo
em cada adulto e criança
cultive o amor mais profundo
por toda essa pujança!
Que o verde da Natureza
penetre nos corações:
almas verdes, que beleza
florindo em nossos rincões!
![](/usuarios/141191/fotos/1052958.jpg)
imagens publicdomain photos, pixbay, freepik.com