Paixão Côrtes, Elma Santana e Edegar Soares


EU, ELMA SANTANA E PAIXÃO CORTES, RÁDIO GAÚCHA

 
Aqui estou, meus amigos,

na baita Rádio Gaúcha,
num programa que me puxa:
“O Galpão do Nativismo”.
Nesse palco do chucrismo

pela tradição da raça
músicas e poesias passam
aos domingos de manhã,
com tantas conversas sãs
e outras cheias de graça.

 

Começa às seis horas cravado,
vai até oito e cinqüenta,
no áudio, seiscentas AM agüenta,
ao vivo, flor de especial
o comunicador é fatal
tem força viva no braço,
Dorotéo é um balaço
falando de improviso,
compositor e cantor preciso
que comanda este espaço.

 

Estou todo faceiro
ao lado de grandes nomes,
Elma Santana, um renome,
tantos livros publicados
escreve histórias do estado
como bela pesquisadora,
tem gana de professora
pelo manto acolhedor,
viaja ao exterior
com seus livros de escritora.


Tenho grande emoção
ao ser em seu livro citado,
sobre as parteiras do estado
onde mapeou a pesquisa
numa oportuna baliza
do que elas representaram,
obstetras que faltaram
naqueles tempos atrás,
elas se viravam  num záz:
mães e crianças salvaram.

 

O outro, é Paixão Cortes,
índio velho macanudo,
oitenta anos de estudo
pelo folclore e pelas danças,
tradição em  suas andanças,
palestrante e professor
um esteio de valor
pelo Rio Grande de luxo:
nosso modelo gaúcho
da estátua do laçador.

 

São duas belas figuras
de pura simplicidade
que pesquisam barbaridade
a nossa literatura,
transmitindo a fiel cultura
em vossos ensinamentos,
semeando seus pensamentos
por onde quer que eles andem,
são bandeiras do meu Rio Grande
com claros conhecimentos.

 

Aprendo muito com eles
pelas histórias contadas,
pois ando nessas paradas
declamando do meu jeito,
abrindo as varas do peito
por todos sendo querido
nunca, jamais esquecido:
a produção me traz aqui,
e, se gostam desse guri
é por ele não ser exibido

 

Fecho as cortinas destes  versos
agradecendo aos senhores,
aos meus queridos leitores
eu digo: “Muito obrigado!”
meu baita abraço apertado
carregado de energia
quero ter sempre alegria
no fogo do meu brasão
para declamar com emoção
até o fim dos meus dias!

 

Buenas amigos, em homenagem aos oitenta anos do grande folclorista Paixão Côrtes, tomo a liberdade de homenageá-lo, expressando na simplicidade dos meus versos o seu grande valor para a nossa cultura gaúcha e brasileira. (12/07/2007)