Ao poeta Paulo Camelo
Duas quadras, dois tercetos!
Fosse isto só e eu faria
a cada dia um soneto
sem que houvesse poesia.
Se me desse na veneta
aceitar o desafio,
eu gastaria a caneta
fazendo versos vazios...
Mas, meu amigo me ensina,
usando de sutileza,
que a poesia é menina:
sente falta da beleza!
E sabe bem o que diz
pois faz versos primorosos;
perfeitos, desde a raiz
aos galhos, dos mais frondosos.
Seu talento nos orgulha
e até me atrevo em dize-lo:
Por menor que seja a agulha,
por ela passa o Camelo...