Ao poeta Paulo Camelo

Duas quadras, dois tercetos!

Fosse isto só e eu faria

a cada dia um soneto

sem que houvesse poesia.

Se me desse na veneta

aceitar o desafio,

eu gastaria a caneta

fazendo versos vazios...

Mas, meu amigo me ensina,

usando de sutileza,

que a poesia é menina:

sente falta da beleza!

E sabe bem o que diz

pois faz versos primorosos;

perfeitos, desde a raiz

aos galhos, dos mais frondosos.

Seu talento nos orgulha

e até me atrevo em dize-lo:

Por menor que seja a agulha,

por ela passa o Camelo...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 05/10/2005
Código do texto: T56786