A que vou te comparar?

Ah sim, começarei pela tua voz tão suave

Quando me chamas “Paulo”, parece o canto de uma ave

E a voz fica no ar, no azul a pairar!

Os olhos verdes como de uma árvore um galho

Porque alcançam os meus, e me marejam de lágrimas, como o orvalho

Que cai na calada da madrugada, ah minha amada!

E na comparação quero te dizer ainda

Que és como uma fonte de amor muito linda

Que ao cair me encharca de amor, ah esse calor!

Quando ainda te comparo tanto, sou cauteloso

E no meu cantinho fico aqui silencioso

Para fazer justiça à comparação, ah essa paixão!

E a tua boca de lábios macios, a que vou comparar?

As lindas maçãs quando estão a desabrochar

Esses lábios vermelhos, ah esse gostinho de desejos!

E o teu corpo, comparo a ternura

Ele tem a capacidade de ainda me levar a loucura

Quando está a andar, ah o meu olhar!

Queria tanto te comparar a muita coisa, que é nosso

Mas não quero, e me aprofundar não posso

Ah essa loucura que invade a alma, ah essa falta de calma!

E para finalizar, te comparo a tudo que me encanta

A toda a alegria que todos os dias me levanta

Quando chega “o dia” e te vejo, ah tanto desejo!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 21/08/2016
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