Um poema para uma poetisa

Se existir ilusão dentro da realidade,

Será um regato em ondulações,

Acariciando as pedras

A fim de um sono silencioso.

Será um vaivém de desejos guardados

No cristalino reflexo da memória.

E, com mãos medrosas, recolho

Florzinhas da água, e, das folhas espalhadas,

Faço veleiros ao abandono.

Eu assumo, então, o leme e me guio

Por sobre as correntezas do sonho.

Sem bússola ou mapas, vou seguindo

Por dentro de cavernas azuladas,

Até chegar à margem de uma ilha,

Lá bem no finalzinho da tarde.

Tom Lazarus
Enviado por Tom Lazarus em 31/07/2007
Reeditado em 01/08/2007
Código do texto: T586832
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