Havana
Cidade desejada por tantos
E cantada por escritores
Que lhe dedicam palavras
Imbuídas de amores
Cidade abafada pelo sol
E refrescada pelo mar
Em que o malecon decadente
Pinta sombras ao luar
Cidade latina de sangue
Vaidosa de tão amada
Enquanto um cão ladra na rua
E se ama num vão de escada
Cidade de tempos parados
De esperanças que se mantêm suspensas
Que se acumulam em cada um
Quais nuvens plúmbeas e densas
Cidade de infinitos delírios
De música quente e carnal
Prenhe de amantes vadios
Viciante e sensual
Cidade suja e triste
Que arrasta num lamento
Insuspeita paixão
Que nos prende num momento