Desamassando teus versos

Escaramuçando o monturo dos inglórios,
Achado teria sido o teu verso malogrado,
Senão, contudo que não apercebida tal surpresa
Brotaram-se versos de amor profundo.

O texto que se outrora podemos rejeitar
Absorve e domina como amante recém abandonado
Aquele que comeu e não pode ser mais comido
Degustado e esquecido como cão desenganado...

Não pude e não me contive de não ler
Apenas sorvi a essência mais languida...
A taça de um verso apaixonadamente tido.

Mesmo abandonado e saqueado,
Sorvi da essência de um escrever sentido
Bebi e reli todo amor que dele escorria...