A SENHORINHA
Era quase uma parenta a senhorinha da janela
Uma pessoa que pertencia à minha vida
Ou eu a dela
Eu parava bem defronte a janela e conversávamos
Sempre tínhamos o que nos falar
Ficávamos um tempo
Eu me despedia
E ela ficava a me olhar
Eu sentia
Eu sabia que ela ficava a me olhar
Tínhamos alguns pontos em comum
Ah! E nascemos a vinte e oito de agosto
Com uma diferença de muitos e muitos anos
Hoje me lembrei tanto dela
Da senhorinha da janela
Dona Alice, saudades