Ídolos

- à um jornalista

Amo Paulo Francis,

lembrança da palavra vã

longe, bem longe de mim.

Caro Francis da madrugada,

você é, você é o cara.

Desapego pouco é bobagem,

aos que escolheram seus caminhos.

Surfou na crista contente

e nunca longe o teu lugar.

Tudo é crônico em você,

é o que diriam os corruptos.

Querem lutar no Iraque,

na Rússia, mas não retrocedeste.

Não deixou que se apropriassem

do que sempre foi seu.

Seu lugar não é nas estrelas,

é superior. Ainda muito,

olharam e não te contemplaram.

Amo, Paulo Francis

é você, sou eu.

Você é maestro, cão

evoluído de raça divinal.

Escreverão tratados e agudos

e nunca largariam a bola,

nem de frente ao gol.

Falou e disse, é

e não somos poucos

os que te escutaram

às vezes sozinhos ao viés.

Prometi completar sua

página da vida;

e não leiam se quiserem

o legado de sua sabedoria.

Amo Paulo Francis,

lembro de conhece-lo menino.

Mágico, não se iludiram

senão cada momento

de espanto e desencanto único.

Me ungiu para viajar

em todas obras passadas

e feituras. Seu tempo é agora

e seu tempo são todos.

Saudades de você,

como todo justo

conhece, descobrir seu ritmo.

Amo Paulo Francis

pois quando nasci de novo

quis ser você.

Ter sua coragem,

não ter medo de lembrar

de dizer. É,

quem nunca quis

te ver é porque

não sabia que estavas

sempre a sorrir.

Amo Paulo Francis.

Não enxergaram

no globo uma força

protetora como a sua.

Não entendiam menos

risos, era demais.

Como explicarão

Paulo Francis?

Desconhecem seu trabalho

ainda hoje mas, a Terra,

ainda é gênese, plana,

purgatório da miragem dos oásis

à margem de águas sábias,

ao limite de sóis bravios

de um sistema perfeito.

Não te esqueceram

nessa casa desarrumada,

À mim, se me caísse

a pressão lembraria de você

e nem me importaria.

Obrigado, Paulo Francis,

te amo.

PEPPER
Enviado por PEPPER em 12/04/2017
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