A Adolescente

(republicação: poema originalmente saído em 27/3/2015, agora aumentado e enriquecido com as parcerias de Beatriz Maria, Beatriz Nahas e Lindalva Borba)


A ADOLESCENTE

Miguel Carqueija

Eu sou a adolescente,
sou feita de nuvem e sonho,
e mais mil coisas na mente
meu mundo não é enfadonho.

Vocês às vezes me tomam
por uma desmiolada,
e tudo de ruim vocês somam,
me julgam até desbocada.

Bem, eu não sou nada disso,
ao menos falo por mim:
o que é ruim não atiço,
e ando com Deus em mim.

Sei que o mundo é perigoso
para quem tem pouca idade:
nem tudo o que é gostoso
é pra fazer de verdade.


Por isso eu tenho juízo,
papai e mamãe me deram;
aprendi a ter meu siso
e por mim eles se esmeram.

Alegre, é claro que eu sou;
divertida e saltitante;
eu adoro rock-and-roll
e amo ritmo dançante.

Às vezes sou avoada
mas tenho bom coração:
quero amar e ser amada
e a todos eu dou a mão.

Gosto de short e bermuda,
e de saia estampada:
mamãe querida me ajuda
com simpática mesada.




Não preciso andar na grife,
pois não gosto de esbanjar
e acabar chorando, snif!
Quando o dinheiro acabar.

Sei fazer economia,
com meus pais eu aprendi
lições de sabedoria
e esse caminho eu segui.

Eu também gosto de ler,
não sou uma alienada;
bons filmes gosto de ver,
sou muito bem antenada!

Se quer saber se eu desejo
ter um amor do meu lado
pode crer que eu almejo
o meu Príncipe Encantado!

Enquanto isso não vem eu brinco
pois sou um pouco criança,
mas estudo com afinco
e em Deus eu tenho esperança!

Eu quero de véu e grinalda
casar um dia na igreja;
depois trocar uma fralda
mostrando pra mamãe: — Ora veja!

Já sei bancar a mamãe,
trocar fralda de bebê!
Chorando dirá minha mãe:
— Quem te viu e quem te vê!

Eu estudo com esmêro
e a minha mente se acresce;
Caxias sem exagero
enquanto o meu corpo adolesce.



"Temporal"

Beatriz Maria



Caminhando vou
Nesta noite fria.
Sentindo a chuva em minha pele
Que agora se estremece.
Lembro-me daquela tempestade
De emoções que tive,
Em Dezembro de 2014,
Memórias de Natal.
Também chovia,
Mas não muito.
Era pequena
Mas muito apaixonada,
E naquela noite,
Um momento me deixou emocionada.
Aquele pequeno corpo era envolvido num abraço quente e aconchegante,
E mesmo molhada,
Estava quente,
Me sentia amada.
Em um longo abraço
De carinho me perdi,
E em silêncio
Seu coração eu pedi.
Era uma adolescente
Que começou a amar,
Sentindo o fogo da paixão
Se exalar.
A excitação tomando conta
Daquele frágil corpo,
Que hoje é mais forte
Mas explode
Pelo mesmo sentimento,
Só que de uma maneira diferente.
Aquele amor cresceu,
Assim como a pequena adolescente.
Daquela noite em diante,
Fiz o que sempre fazia.
Estudei, fui pra escola
E conversava com minhas amigas.
Era uma menina como outra,
Gostava de ler, escrever,
De cantar e estudar,
Mas também jogava bola,
Gostava de brincar.
No começo era muito divertido
Não tinha tantas obrigações,
Achava que ser adolescente era um máximo,
E realmente era,
Comecei a ter paixões.
A primeira foi a escrita,
Escrevia até demais
Tudo o que via e sentia virava texto,
Então quis cada vez mais.
Minha segunda paixão foi o desenho,
Fiz igual a escrita,
Tudo o que sentia desenhava,
Mas comecei a ficar afastada.
Alguns meses escrevendo
Comecei a me conhecer melhor,
Entrei num mundo só meu,
Que hoje está cada vez maior.
Os dias foram se passando.
Escrevia textos, contava histórias,
Ficava sempre observando
Como era a vida lá fora.
Cresci conhecendo o mundo,
Sempre fui uma garota curiosa.
Hoje, faço de tudo um pouco,
De uma maneira maravilhosa.
Saio em busca de novos pensamentos,
E me sinto voando como uma folha ao vento.
Neste mundo, vejo muitas ideias,
E sempre vou guardando todos os acontecimentos.
Não me sinto sozinha,
Tenho lindas paisagens para observar,
E sempre novos textos para criar.
Cresci como uma adolescente criativa,
Sempre buscando algo novo pra fazer,
E ser adolescente é isso:
Fazer sempre o que lhe da prazer!
E essa sou eu:
Uma menina meiga e apaixonada
Que sempre vai atrás dos sonhos
E fazendo poesias direcionadas.
Caminho nas nuvens
Evitando a tempestade,
Fazendo de tudo um pouco, sempre,
Para me sentir à vontade.
Gosto do Sobrenatural,
E me visto sempre de Floral,
Gosto também da cor-de-Rosa
Mas prefiro a cor Coral.
De maneira natural
Vou vivendo com muito amor
E nesse Temporal
Escrevo sem Temor!"



Beatriz Maria de Oliveira, nascida em 14/06/1999, São Paulo - SP, Sou uma jovem poeta, cantora, cozinheira, leitora, uma menina sonhadora. sempre escrevo em horas vagas, ou quando me surge alguma ideia. Escrevo desde que conheci o amor, pois minhas ideias começaram a sair mais livres e com muita emoção, e desde então escrevo. Me sinto livre e leve quando começo algum poema novo. O poema que escrevi com essa sensação se chama (Ouvia o vento...) um texto que escrevi no final do outono, observando tudo ao meu redor e viajando em todas as cores e formas. sempre escrevi versos, alguns com rimas, muitos sem rimas. e com o tempo, meus textos foram criando formas. amo ler e escrever e a frase que me representa é: ser feliz sem motivo é a mais autentica forma de felicidade." (Carlos Drummond de Andrade)


 
A ÁRVORE ADOLESCENTE 
 
Beatriz Nahas


 

O vento assopra a árvore que adolesce.
A arvore briga com o vento, pois ele nao vê que ela cresce. 
As cobranças sociais são uma ventania para o adolescente
Que escolhe o caminho, para ele, mais coerente.
 
O vento diz que ela é instável para gerar bons frutos
E por isso, ela será derrubada por qualquer chuva desse mundo. 
O vento diz que ela é imatura, depressiva e impulsiva por natureza
Sendo, na verdade, o culpado pela qualificação 
e por tanta pressão, 
que a ameaça a cair no solo da mais profunda tristeza.
 
A árvore mata aos poucos a perseverança
se não encontrar no jardim um lugar
para, repleta de esperança,
sua voz ativa encontrar,
a pressão social resistir 
e seu próprio caminho mais leve seguir.  
 
O vento passa a acariciá-la num diálogo profundo
Como o adolescente se sentindo um cidadão respeitado nesse mundo
Com capacidade de florescer e frutificar
A partir de um intenso aprendizado,
Um futuro almejado e possível de ser conquistado.

Olá! Meu nome é Beatriz Nahas. Podem me chamar de Bia. Tenho 20 anos. Eu escrevo textos desde os meus 15 anos mais ou menos. Então, há muito tempo descobri esse passatempo meu que a princípio, era porque achava divertido rimar e aí, depois, passei a escrever como uma forma de expressão e de autoconhecimento. Eu realmente amo escrever! Escrevo sobre assuntos pessoais, sociais, filosóficos, românticos, e etc, ou seja, sobre tudo um pouco. Cada texto é uma parte de mim muito especial.
Obrigada ao site pela oportunidade de expor aqui meus poemas e aos leitores pela leitura e comentários! 
Tenho dois blogs individuais:
- De poemas: 
www.rumoaminhamente.blogspot.com.br     
- De prosas: 
www.ningueeemesegura.blogspot.com.br
Boa leitura!!




ADOLESCÊNCIA
 
Lindalva Borba
 

 
Na mais pura inocência,vivi minha adolescência
Sem falar palavras torpes nem conhecer indecência
A vida era aprazível não tirava a conciência
Tudo que se praticava era com ordem e decência.
 
Corríamos ,jogávamos bola,meninas e meninos  tantos
Nem um mal se procedia,formávamos belos conjuntos
Cada um deles  sabiam  o que fazer  e quais os frutos
Das brincadeiras sadias  que sempre  bolávamos juntos.
 
 
Foi uma adolescência, que deixou muita saudade
Pois era tudo tão bom, era só felicidade
Grupos de jovens brincando sem a pratica da maldade
Tudo era diferente  da atual realidade.(Lbxavier)






 
Paraibana por nascimento,dentro de meus 67 anos vivi em algumas cidades  deste lindo Brasil, passei parte da infância no Rio de Janeiro.morei ´por trinta e nove anos em Brasília,   estou a quinze anos  na Cidade de Goianésia Goiás .Na juventude estudei no Colégio Campo Grande  no Rio de Janeiro,fiz o antigo curso  científico  no CNB -DF e Técnico Contábil no Centro de Ensino Quatro também no DF.Aprecio  o sentimental e romântico ,sonhadora e determinada,sempre  alegre e destemida,aprecio e valorizo amizades.
 

imagens: menina no banco e narciso: pixabay; Beatriz Maria: gentilmente cedida por Beatriz Maria; Beatriz Nahas e menina na árvore: gentilmente cedidas por Beatriz Nahas (a menina na árvore, depositphotos); Lindalva Borba: gentilmente cedida por Lindalva Borba.
Miguel Carqueija, Beatriz Maria, Beatriz Nahas e Lindalva Borba
Enviado por Miguel Carqueija em 03/12/2017
Reeditado em 03/12/2017
Código do texto: T6188613
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