Simplesmente Mazinho

Um sujeito incrível,

passível a erros, é claro,

assim como o Olegário

ou qualquer outro homem.

Eliamar gostava de namorar,

mas sabia amar também,

tão bem e como ninguém.

Enquanto isso o seu amigo/irmão,

metido a poeta,

praticava a sua escrita,

meio assim como a velha cigana,

que acha que nos engana,

decifrando as nossas linhas do destino,

dizendo apenas o que nos agrada ouvir.

Eram dois meninos.

Um copo de poesia nas cartas que escrevia,

um copo de prosa e de sonhos viviam,

viajando até Três Marias, numa aventura,

até a casa da tia Mira

e Minas Gerais era logo ali,

mas o mundo parecia não ter fim.

Canções ouviram e o violão tentaram.

Lutaram também e contra muitos,

numa concorrência nem sempre leal,

mas como era legal aprender com quem sabia,

pois quem tem amigo tem tudo.

Até um irmão mudo

e uma mãe com nome de flor.

Humildade:

uma qualidade que nunca lhes faltou.

Simplesmente Mazinho, pois no diminutivo,

tudo denota mais carinho,

como irmãozinho, queridinho,

Candinho, cuja origem é Cândido,

que vem de candura,

como a doçura da manga,

aquela manga docinha.

A mocinha e o mocinho,

heroína e herói nos quadrinhos,

daquela história que escreveram,

ele e você

e nenhuma outra lembrança é tão forte,

mas foi por pura sorte,

na minha infância ter existido você.

Simplesmente Mazinho.

Dizer mais, pra quê?

rodriguescapixaba
Enviado por rodriguescapixaba em 13/03/2018
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