Simplesmente Mazinho
Um sujeito incrível,
passível a erros, é claro,
assim como o Olegário
ou qualquer outro homem.
Eliamar gostava de namorar,
mas sabia amar também,
tão bem e como ninguém.
Enquanto isso o seu amigo/irmão,
metido a poeta,
praticava a sua escrita,
meio assim como a velha cigana,
que acha que nos engana,
decifrando as nossas linhas do destino,
dizendo apenas o que nos agrada ouvir.
Eram dois meninos.
Um copo de poesia nas cartas que escrevia,
um copo de prosa e de sonhos viviam,
viajando até Três Marias, numa aventura,
até a casa da tia Mira
e Minas Gerais era logo ali,
mas o mundo parecia não ter fim.
Canções ouviram e o violão tentaram.
Lutaram também e contra muitos,
numa concorrência nem sempre leal,
mas como era legal aprender com quem sabia,
pois quem tem amigo tem tudo.
Até um irmão mudo
e uma mãe com nome de flor.
Humildade:
uma qualidade que nunca lhes faltou.
Simplesmente Mazinho, pois no diminutivo,
tudo denota mais carinho,
como irmãozinho, queridinho,
Candinho, cuja origem é Cândido,
que vem de candura,
como a doçura da manga,
aquela manga docinha.
A mocinha e o mocinho,
heroína e herói nos quadrinhos,
daquela história que escreveram,
ele e você
e nenhuma outra lembrança é tão forte,
mas foi por pura sorte,
na minha infância ter existido você.
Simplesmente Mazinho.
Dizer mais, pra quê?