Pés descalços
No quintal
Com pés descalços
Na grama
Chuva
Molhando meu corpo nú
Derrapando cada gota
Por entre meu corpo
Rolando
Descendo
Molhando
Trovões
Me assustam
E transformam as cores do mundo
Em preto e branco
Por poucos instantes;
Mas é nesses segundos
Que vejo minha vida passar
Arriscando a vida
Nessa selva de raios;
Desses jogos de luz a me cercar
Sem forças para andar
Quero me confundir
Com o ácido da água
E me dissolver; afundar
Viva a complexidade da vida simples!