Pés descalços

No quintal

Com pés descalços

Na grama

Chuva

Molhando meu corpo nú

Derrapando cada gota

Por entre meu corpo

Rolando

Descendo

Molhando

Trovões

Me assustam

E transformam as cores do mundo

Em preto e branco

Por poucos instantes;

Mas é nesses segundos

Que vejo minha vida passar

Arriscando a vida

Nessa selva de raios;

Desses jogos de luz a me cercar

Sem forças para andar

Quero me confundir

Com o ácido da água

E me dissolver; afundar

Viva a complexidade da vida simples!

Almeida Quis
Enviado por Almeida Quis em 29/08/2007
Código do texto: T628484
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