HEY, MANO!

Hey, mano!

quando eu era um menino,

você era meu herói;

eu deixei de ser menino

mas você nunca deixou de ser herói;

as rugas

tomaram conta de seu rosto,

seus músculos cederam

à gravidade do tempo,

sua voz enfraqueceu,

não é mais a canção

virou apenas

o estribilho de uma saudade

saudade de tempos idos;

o peso das obrigações

arriaram seus ombros

e seu andar

vacila nas trocas dos passos;

seus olhos acesos

hoje estão nublados

pela neblina das muitas horas;

as mãos

que indicaram a direção

para muitas outros,

ainda que tremendo,

se mantêm apontando o justo caminho

para aqueles que vem atrás de você;

as guerras do dia a dia

construíram os valentes do amanhã;

enquanto você envelheceu

o menino cresceu

mas não perdeu

o respeito e a admiração

que se deve aos heróis

aos heróis que criamos dentro de nós!

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 26/04/2018
Código do texto: T6319622
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